Fala Vets, tudo bem?

Nesse artigo iremos abordar a importância e os tipos de nós cirúrgicos que podem ser realizados. Vamos começar?

 

Importância

Os nós cirúrgicos têm a função de travar uma sutura ou ligadura realizada, impedindo que elas se afrouxem e comprometam o procedimento realizado. Assim, possuem fundamental importância para qualquer procedimento cirúrgico, desde uma sutura na qual se tem como objetivo a aproximação dos bordos de um tecido até ligaduras para evitar ou conter hemorragias (sangramentos).

Porém, eles são o ponto mais fraco de uma sutura, sendo essencial que sejam realizados da forma correta. Outros fatores que influenciam na segurança do nó são: tipo de material utilizado (mono ou multifilamentar, revestido ou não), comprimento das pontas deixadas, configuração estrutural do nó, quantidade de laçadas e experiência da pessoa realizando o nó.

 

Características dos Nós Cirúrgicos

Um nó seguro é composto por no mínimo 3 seminós sobrepostos e apertados (o ideal seria pelo menos 4), como demonstrado na figura 1. Outros seminós podem ser acrescentados para aumentar a segurança da sutura ou ligadura, a depender do padrão de sutura e tipo de fio utilizado.

 

Nós verdadeiros frouxos (A1) e apertados (A2), e nós falsos frouxos (B1) e apertados (B2) . Fonte: arquivo Surgery4Vets, 2020.

Figura 1. Nós verdadeiros frouxos (A1) e apertados (A2), e nós falsos frouxos (B1) e apertados (B2). Fonte: arquivo Surgery4Vets, 2020.

 

O primeiro seminó serve para contenção tecidual, o segundo para fixação do nó e os demais para aumentar a segurança. Assim, os nós cirúrgicos tem a seguinte classificação (figura 2):

  • Nó verdadeiro: também chamado de nó quadrado, é a configuração mais segura de todas e, quando amarrado, não pode ser afrouxado;
  • Nó falso: também chamado de nó comum, considerado não seguro, pois ele desliza e afrouxa o nó. Ocorre quando não se utiliza as técnicas corretas durante o nó manual e quando não se inverte as pontas do fio durante o nó instrumental;
  • Nó meia volta: considerado não seguro, pois desliza assim como o nó falso. Ocorre quando há aplicação de tensão desigual entre as pontas do fio;
  • Nó de cirurgião: também chamado de nó duplo ou de fricção, tem como característica ter dois entrelaçamentos do fio no primeiro seminó e ser autoestático. Além disso, possui boa segurança e grande volume, o que gera maior dificuldade para apertar. Por esse motivo, não é recomendado para ligadura de vasos. E, quando utilizado, deve ser seguido de seminós simples.

 

Nós verdadeiro, falso, deslizante e de cirurgião.

Figura 2. a) Nó verdadeiro ou quadrado: composto por dois nós simples espelhados e opostos. b) Nó falso: composto por dois nós simples paralelos e iguais. c) Nó meia volta: apenas um seminó fica entrelaçado sobre o outro. d) Nó de cirurgião: composto por 2 entrelaçamentos do fio no mesmo seminó seguido por um seminó simples oposto. Fonte: arquivo Surgery4Vets, 2020.

 

Confecção

O nó cirúrgico pode ser realizado de modo manual, instrumental ou misto. De modo geral, o primeiro permite o correto posicionamento e tensionamento do nó (principalmente em áreas com pouco espaço e de difícil acesso), o segundo permite utilizar menos material de sutura e o terceiro mistura características de ambas as anteriores.

Para saber mais sobre como confeccionar nós manuais ou com porta agulha, leia nossos artigos relacionados.

 

Fala Vets, como podem ver, há diversos conceitos envolvidos para se realizar nós cirúrgicos, seja de modo manual ou com instrumental. Esperamos que com esse artigo isso tenha se tornado mais claro e estamos à sua disposição para lhe ensinar na prática com nossos cursos e treinamentos!! Venham conferir aqui!

Então é isso, compartilhem esse artigo com seus amigos e colegas, comentem e deixem sugestões do que vocês gostariam que abordássemos ;). 

  

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Referências

– BOOTHE, H.W. Instrument and Tissue Handling Techniques. In: TOBIAS, K.M & JOHNSTON, S.A. Veterinary SurgerySmall Animal, 1 ed, Saunders: Elsevier, p. 209 – 213, 2012.

– MACPHAIL, C. & FOSSUM, T.W. Biomaterials, Suturing, and Hemostasis. In: FOSSUM, T.W. Small Animal Surgery, 5 ed, Philadelphia: Elsevier, p. 72 – 74, 2019.

 

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