Fala Vets, tudo bem?

Nesse artigo iremos abordar a confecção dos nós com as mãos. Vamos começar?

 

Nó Cirúrgico Manual

Para abordar esse tema, iremos explicar como se confeccionar 3 seminós (“4”, “3” e de cirurgião) e então o conceito para sempre se realizar um nó seguro. 

 

Seminó “4”

Passo-a-passo para realização de seminó 4

Figura 1. Passo a passo para realização de seminó 4 (explicação abaixo). Fonte: arquivo Surgery4Vets, 2020.

  

  • 1º passo: envolva o tecido de interesse e então você terá duas pontas do fio (nesse caso utilizaremos fio colorido para facilitar a visualização);
  • 2º passo: troque os fios de cada mão passando o fio da mão esquerda por cima do outro para a mão direita, cruzando-os;
  • 3º passo: segure a ponta do fio da mão direita com os dedos médio e polegar e então estenda o indicador;
  • 4º passo: com a face lateral da ponta do dedo indicador, empurre o fio para a esquerda, formando a figura de um “4”;
  • 5º passo: direcione o seu dedo indicador para a posição ilustrada com um *;
  • 6º passo: com a ponta do seu dedo indicador, puxe o fio da mão esquerda e empurre o fio da mão direita ao extender esse mesmo dedo;
  • 7º passo: soltando o fio dos dedos polegar e médio da mão direita, traga para cima o fio com o dedo indicador;
  • 8º passo: segure o fio entre os dedos indicador e médio;
  • 9º passo: tracione o fio formando o seminó;
  • 10º passo: por fim, aperte o seminó com as mãos em sentidos opostos e igual intensidade (mão direita para direita e mão esquerda para esquerda). 

Observação: esse seminó pode ser realizado com a mão esquerda também, basta repetir o passo-a-passo invertendo as mãos.

 

Seminó “3”

Passo-a-passo para realização de seminó 3

Figura 2. Passo-a-passo para realização de seminó 3 (explicação abaixo). Fonte: arquivo Surgery4Vets, 2020.

  

  • 1º passo: envolva o tecido de interesse e então você terá duas pontas do fio (nesse caso utilizaremos fio colorido para facilitar a visualização). Pegue a ponta direita do fio com a mão direita e a ponta esquerda com a mão esquerda; 
  • 2º passo: segure a ponta direita com os dedos indicador e polegar, com o dorso da mão para cima; 
  • 3º passo: vire a palma da sua mão direita para cima, sobrepondo o fio na face palmar dos seus dedos (“3” = médio, anelar e mínimo);
  • 4º passo: traga o fio da mão esquerda para próximo da mão direita, sobre a face palmar dos seus dedos da mão direita;
  • 5º passo: com o dedo médio da sua mão direita, puxe o fio da mão esquerda em direção ao centro da palma da mão direita, abaixo do fio segurado com os dedos indicador e polegar da mesma mão;
  • 6º passo: então estenda o dedo médio da mão direita, de forma a empurrar o fio entre os dedos médio e anelar da mesma mão;
  • 7º passo: com o fio preso entre os dedos médio e anelar da mão direita, solte sua ponta dos dedos indicador e polegar;
  • 8º passo: em seguida, puxe o fio para dentro do laço, formando o seminó;
  • 9º passo: por fim, aperte o seminó com as mãos invertidas em sentidos opostos e igual intensidade (mão direita para esquerda e mão esquerda para direita).

Observação: esse seminó pode ser realizado com a mão esquerda também, basta repetir o passo-a-passo invertendo as mãos.

 

Seminó de Cirurgião

Passo-a-passo para realização de seminó de cirurgião

Figura 3. Passo-a-passo para realização de seminó de cirurgião (explicação abaixo). Fonte: arquivo Surgery4Vets, 2020.

  

  • 1º passo: realize todos os passos do seminó “4” com a mão direita, mantendo-o próximo (não tensionar);
  • 2º passo: utilizando o mesmo seminó realizado anteriormente, realize os passos do seminó “3” com a mão esquerda e então o aperte com as mãos em sentidos opostos e igual intensidade (mão direita para a direita e mão esquerda para a esquerda).

 

Conceito

Para que se realize sempre um nó verdadeiro, é necessário que se intercale ambos os seminós, desde que sejam realizados com a mesma mão. Ou seja, você pode realizar a seguinte sequência: “4”, “3”, “4” e assim por diante com a mão direita; ou “4”, “3”, “4” e assim por diante com a mão esquerda; ou “3”, “4”, “3” e assim por diante com a mão direita; ou ainda “3”, “4”, “3” e assim por diante com a mão esquerda. 

Outra possibilidade, é que você realize o mesmo seminó (“4” ou “3”) desde que troque a mão: realizar uma sequência de seminós “4”, sendo o primeiro com a mão direita, o segundo com esquerda, o terceiro com a direita e assim por diante. Ou, realizar uma sequência de seminós “3”, sendo o primeiro com a mão direita, o segundo com a esquerda, o terceiro com a direita e assim por diante. Ainda, pode-se iniciar com a mão esquerda ao invés da direita, desde que se intercale, ou seja, o primeiro seminó com a mão esquerda, o segundo com a direita, o terceiro com a esquerda, e assim por diante.

Ao se utilizar o seminó de cirurgião, deve-se respeitar as regras anteriores (intercalar os tipos de seminós ou as mãos). Para isso, basta prestar atenção em qual seminó, ou “4” ou “3”, foi realizado e com qual mão. Assim, se você realizou o seminó “4” com a mão direita e o seminó “3” com a mão esquerda, basta você realizar o “3” com a mão direita (intercalar os seminós) ou realizar o “4” com a mão esquerda (intercalar as mãos). 

Observação: há outros métodos para a confecção do nó manual, porém, acreditamos que este seja mais fácil de ser realizado e de ser compreendido tendo em vista o conceito de nós verdadeiro, falso e de cirurgião. 

 

Fala Vets, como podem ver, há diversos conceitos envolvidos para se realizar nós cirúrgicos, seja de modo manual ou com instrumental. Esperamos que com esse artigo isso tenha se tornado mais claro e estamos à sua disposição para lhe ensinar na prática com nossos cursos e treinamentos!! Venham conferir aqui!

 

Então é isso, compartilhem esse artigo com seus amigos e colegas, comentem e deixem sugestões do que vocês gostariam que abordássemos ;). 

 

Surgery4Vets  

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Referências 

– BOOTHE, H.W. Instrument and Tissue Handling Techniques. In: TOBIAS, K.M & JOHNSTON, S.A. Veterinary SurgerySmall Animal, 1 ed, Saunders: Elsevier, p. 209 – 213, 2012.

– MACPHAIL, C. & FOSSUM, T.W. Biomaterials, Suturing, and Hemostasis. In: FOSSUM, T.W. Small Animal Surgery, 5 ed, Philadelphia: Elsevier, p. 72 – 74, 2019. 

 

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